sexta-feira, 8 de julho de 2011

As 7 Faces do Mundo

Eu vejo que as flores estão morrendo
Os campos aonde mantimento deveria haver
Estão lutando em busca de bens e dinheiro
Para ver quem no final atinge o poder
*
Vejo crianças nas ruas mendigando o pão
E famílias gastando com jogos e desperdícios
Pessoas são esquecidas em praças todos os dias
E ninguém vê
*
Os poetas foram todos calados
As palavras não se encaixam em poemas
As manhãs de outono já não tem mais prazer
O amor virou troca de interesses banais
Festejando a corrupção em carnavais
Eu vejo meus amigos convocados a morrer
Servindo uma nação que não serve a você
Solitários estão morrendo mais cedo
A água está quase a acabar
De onde vemos tanto caos?
Será que vou acordar amanhã?
*
Vejo idosos jogados em asilos
Homens que adoram o barro, a água, as pedras e o mar
Os animais não caçam mais
Porque já não existem animais
*
As notícias dos jornais dizem:
"Acreditem cegamente em nós"
E os senhores que pela manhã acordam
E compram seus jornais
São hipnotizados pelo contemporâneo
*
Se esquecem da paz que tanto procuram
São como videiras secas a andar
Sedentos pela água eterna
Portanto, não acaba, nunca acaba
*
Eu vejo nas ruas máscaras e máscaras
Atores em um filme de terror
Que não tem momento do fim
O mocinho morre sempre no inicio
Assim como a senhora esperança
*
Vejo sendas de horror aterrorizar as famílias
Ouço mil vozes clamando por justiça
Mas é apenas morte, morte e morte
Devastando os oceanos na imensidão
Apavorando a lua no seu brilho esplendor
Será que suporta toda dor?
*
Será que morre por amor?
De quem você veio e não aceitou?
Então pense fielmente
Para que se aventurar e chorar?
Siga a verdade e ela vós libertará...

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